quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Inaugurando a série - Das coisas que não esqueço

.....................................................................................
"Bateu-me na face, violento, ardendo e era brisa e ventania e maresia.

Com violenta cortesia, com desesperado arrependimento tal a carícia,
com desprendimento, era alimento, bateu-me violento.
Virei o rosto.
Bateu-me na face, alado, ensolarado e era sol e luz e suave, bateu-me na face.
- Olha para cima!
E olhei violento e suave, desesperado e alado.
Daqui de baixo, bati em todas as faces, por todos os lados."


(Marcelo G. J. Feres - do livro "A casa alheia")

5 comentários:

Eleonora Marino Duarte disse...

gente!!!!!!!!!

eu já tive cunhado intelectual!!!!!!

agora deu saudade do marcelo feres...

Joice Marino disse...

Escreveu isso aos 15 anos. Até que não era mal, né?

E ainda não tinha virado cristão.O que era muito melhor.

Bom, deixarei de falar da vida alheia. =P

Achei um exemplar de um dos livros dele numa das caixas de minha mudança.É bom lembrar.

Beijo.

Unknown disse...

Oi gente!(Cheio de intimidade)

Como estão?

Adorei o texto. Dá vontade de falar. (Coisa de ator)


Certa vez meu pai me bateu, não na face, mas bateu e de maneira ruim. (Há maneiras boas de bater? - cara de trauminha)

À sério, senti-me exatamente assim. Queria desabar mas não chorei. E senti dor de traição. (Às vezes as crianças podem ser bem dramáticas - rindo)

Joice, fui ver o "Negrinha", é comovente, obrigado pela dica. Ela é uma das melhores atrizes que já vi.

Quero voltar nossa discussão de poesia no figurino e cenário. Não sei bem como começar, mas quero voltar à ela. Você puxa?

Beijo nas moças.

%-2 (Carinha a la Picasso)

Joice Marino disse...

André querido,


Foi escrito após um acontecimento como o seu. Vê-se bem isso, não?

Trabalho com crianças e sim, elas são muito dramáticas.

Dor de traição é uma das piores dores, sinceramente.

Que bom que viu "Negrinha", queria ter levado mais gente.

Estou rindo aqui de você querer voltar com a discussão da poesia no figurino e cenário. Claro que isso tem a ver com você ter ido ver "Negrinha". E aposto que você não acreditou na beleza da hora em que eles queimam o bombril! Acertei?

Sua carinha a la Picasso é um desbunde! Morri de inveja.
Beijos!

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado